Que tudo dói e gosto da dor
Vivo assim, alcoviteiro vulgar de mim
Gosto do tapa seco, cuspida no rosto, na cara
O não preterido, sou
Esquecido facilmente como os dias que passam
Afinal de contas os dias são apenas dias
O que me resta é só o resto
O resto de sonho, dos sonhos que ninguém quer
Gosto da dor de pegar cacos de sonhos
E me cortar a montá-los
Vitrais de momentos que não hei de esquecer
Só para gozar com a dolorosa lembrança
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