É um lugar aonde as pessoas chegam mais perto da perfeição inatingível e sempre sonhada.
Tudo é limpo e claro. Tudo é belo.
As pessoas fazem-se belas por gosto, vontade, desejo e imposição. Imposição soturna, invisível e ameaçadora. Imposição implacável detentora de um mundo perfeito e inexistente no concretismo de uma vida perene como a de todos nós.
Templo dos deuses adoecidos.
Venerados por cegos, surdos e mudos.
Centro de cultura da massa encéfalo, que tudo crê na visão colorida do vazio.
É outro mundo, um mundo absurdo e frio.
Mundo dual de Platão e concreto de Nietzsche, quiçá.
Pessoas com olhares que nada dizem.
Vozes uníssonas.
Escravos e mais escravos compartilham a carniça suja e decrépita em papel e plástico (que não se pode reciclar).
Sobrevivem germes, bactérias e o status quo.
Pobre sociedade que autoconsomem o que pensa (pelos que acreditam ter alma), destrincham a alma com fortes e vigorosas dentadas.
Depois jactar-se felicidade em grandes sacolas e caixas enormes. O volume da matéria é a relevância do ser que ali está.
Regozija-se o saldo frio e pálido da automatic teller machine.
Tudo tão igual, e nos fazemos de indiferente achando-se superior aos muitos iguais a nós.
Aceita-se seu amuleto de plástico nacional e internacional: digite sua senha por favor (subserviência imposta sobre pena de sanção).
Embuste concentrador de sonhos de consumo (ahaha! Qualidade de vida!).
Propagador de estereótipos mal reproduzidos.
Caça-níqueis endiabrado e insano. Usurpador de filosofias vãs.
Seqüestrador de seres humanos e desumanos, ninguém está e sairá ileso de sua horrível faina, disfarçada por cores, luzes e sorrisos amarelos.
Enfim, no inicio há uma terna bondade mefistotélica: Sejam bem vindos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário